Nos últimos meses houve bastante redução do valor do petróleo mundial, gerando redução nos preços de óleos e combustíveis aqui no Brasil.
Com a Guerra na Ucrânia em curso os preços do petróleo tem oscilado frequentemente, gerando medo e incertezas em relação a economia do mundo. Contudo, por enquanto, a expectativa no mercado brasileiro é positiva.
Confira mais sobre o assunto a seguir!
Entenda mais sobre a redução do valor do petróleo mundial
O valor do petróleo no mercado internacional está, atualmente, em queda e a previsão é de que continue a cair até o final deste ano de 2022.
Por conta da Guerra na Ucrânia, países como os Estados Unidos tem tentado balancear os preços dos combustíveis e melhorar a economia.
O valor do petróleo mundial tende a reduzir ainda mais com a volta das relações entre o Irã e o mercado internacional, já que este está entre os maiores produtores de petróleo do mundo.
Apesar de muitos brasileiros acreditarem que a redução dos preços dos óleos e combustíveis seja pelo fato da proximidade das eleições presidenciais, a questão não é bem essa.
O principal motivo para a redução do valor do petróleo mundial é o medo da recessão, por conta da Guerra na Ucrânia, a redução de impostos e um cenário internacional mais favorável.
A previsão, inclusive, para a querosene dos aviões é que deve ficar mais barata aqui no Brasil, com uma previsão de queda de mais de 10%.
É interessante entender ainda que a Petrobrás tem praticado ultimamente preços acima da paridade internacional, enquanto sua concorrente privada, conhecida como Acelen vem reduzindo os preços.
A Acelen é uma empresa controlada pelo fundo Mubadala, de Abu Dhabi. Ela comprou da Petrobrás a então refinaria Landulpho Alves, em Salvador. A instalação foi rebatizada de refinaria de Mataripe.
Redução do valor do petróleo mundial pode impactar positivamente no valor de óleos e combustíveis
Conforme dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a previsão para este ano é que haja mais oferta de petróleo para o Brasil, por isso o valor de óleos e combustíveis devem diminuir.
A expectativa é de 3,9 milhões de barris por dia (bpd), um aumento de 200 mil bpd em relação ao ano passado de 2021. Diferente do que ocorreu no início da Guerra na Ucrânia, com preços mais elevados.
Por conta do medo da demanda e oferta de petróleo, gás e energia no mundo, ocasionado pela guerra, os países ao redor do mundo vão se preparando para imprevistos.
Atualmente está havendo forte redução do valor do petróleo mundial, isso se deve a diversos fatores já mencionados no tópico anterior, mas também é importante lembrar que a China também está enfrentando uma desaceleração econômica no país, fator que pode derrubar a demanda pelo combustível.
A China é o país que mais importa petróleo no mundo, por isso aumentar os preços dos óleos e combustíveis não seria uma boa estratégia econômica. Um outro fator que fez a China reduzir os preços foram os lockdowns provocados pelos surtos de Covid-19 no país.
Para o próximo mês, de outubro, a previsão é de um contrato de petróleo Brent, uma referência mundial, que fechou em queda de 3,10%, a US$ 95,10 por barril. Enquanto o WTI para setembro caiu 2,9% a US$ 89,41.
Se a queda dos preços do petróleo persistirem isso pode reduzir ainda mais o preço da gasolina nos Estados Unidos, onde o preço do galão já caiu de US$ 5 em junho para atuais US$ 3,96.
Com os Estados Unidos e a Europa voltando a negociar com o Irã, em um acordo nuclear, a oferta de petróleo pode aumentar de forma significativa, adicionando centenas de milhares de barris de petróleo por dia ao mercado.
A empresa de serviços financeiros, Citigroup, prevê que os preços do petróleo podem cair para um nível entre US$ 80 e US$ 85 nas próximas semanas.
Óleos e combustíveis no Brasil atualmente
Nos últimos meses pudemos observar a queda nos preços dos óleos e combustíveis aqui no Brasil, sendo que a gasolina teve diversas quedas seguidas.
Neste mês de setembro, por exemplo, conforme o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina caiu de R$ 5,17 para R$ 5,04, uma diminuição de 2,5%.
Aqui no Brasil o preço dos combustíveis caiu bastante por conta de dois principais fatores ocorridos recentemente, são eles:
- Queda do valor do petróleo no mundo;
- Uma nova lei que entrou em vigor no final de julho aqui no Brasil, no qual limitou a alíquita de ICMS sobre combustíveis.
O recuo dos preços tem influenciado na gasolina, diesel e etanol. Inclusive, já teve uma queda de menor patamar, desde a semana encerrada em 20 de fevereiro do ano passado (R$ 4,917). O valor máximo encontrado nos postos foi de R$ 7,09.
No momento está sendo o 11º recuo seguido do preço da gasolina, isso ocorre inclusive por conta da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O ICMS foi adotado pelos estados depois que foi sancionado o projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Com essa lei, muitos óleos e combustíveis passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis no dia a dia da população, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade.
Antes os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
A Petrobrás também tem promovido sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias. No início do mês, por exemplo, a empresa reduziu o preço da gasolina vendida para as distribuidoras, com uma queda de 7,08%.
Já o valor médio do litro do diesel passou de R$ 6,90 para R$ 6,88, redução de 0,3%. É o preço mais baixo desde a semana encerrada em 4 de junho de 2022 (R$ 6,88). O valor mais alto encontrado foi cerca de R$ 8,89.
Por fim, o preço médio do etanol passou de R$ 3,71 para R$ 3,53, uma queda de 4,9%. O levantamento chegou a encontrar oferta do etanol pelo máximo de R$ 6,99.
Em junho, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.
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